domingo, agosto 27, 2006

Dedezices e amenidades

São duas da manhã de sábado. Não sei que horas publicarei este texto, por isso a informação anterior.

Segunda-feira foi meu aniversário. Comemorações, família, presentes, amigos, tudo ótimo, ainda que tenha ficado faltando o 'parabéns' que eu mais estava esperando, enfim... Dedezices de sempre. A semana foi bem agitada, mudei-me para um flat aqui na beira da lagoa mesmo. Apesar de mínimo, o apartamento tem varanda, coisa que não tinha no outro. Que diferença! Agora, por exemplo, que a luz acabou, estou aqui escrevendo na varanda, para não ficar suando lá dentro. Normalmente a porta da varanda fica aberta e ventila muito mais do que quando deixávamos as janelas abertas.

Pois é, a luz acabou, devido a um estouro de um transformador aqui perto, pelo jeito não voltará tão cedo e, sem ar condicionado, minha noite já está comprometida. Legal foi logo no primeiro dia que eu passei aqui, na verdade na primeira manhã, assim que fui tomar banho após ter acordado: ao abrir a água do chuveiro, este caiu em minha cabeça. Sensacional. Ontem uma lâmpada caiu do teto. Assim, do nada. Começo a desconfiar que isso aqui está mal assombrado.

No trabalho, tudo ótimo. Apesar de umas dificuldades técnicas, continuo a admirar cada dia que passa mais as pessoas com quem eu trabalho e principalmente meus chefes. Acho que pela primeira vez estou trabalhando sob o comando de gente que eu admiro, gente preparada em todos os sentidos, gente que vale a pena se espelhar.

É impressionante como sem luz a cidade parece bem mais calma, mais silenciosa. Talvez por desligar obrigatoriamente todos os aparelhos elétricos que produzem barulho, talvez por uma viagem total da minha cabeça mesmo, não sei, fica mais agradável assim, lógico, quando estamos em nosso ‘canto seguro’ (ou que preferimos imaginar que seja seguro, por enquanto), ainda que não vejamos muito mais assaltos a essa hora; já se foi o tempo em que ladrão tinha que agir na calada da noite. Hoje em dia trabalham em horário comercial. Se bobear já estão tirando férias, enforcando feriado etc. Voltando ao assunto de estar sem energia, estou aproveitando pra olhar o céu. Sim, aproveitar esses raros momentos em que, a partir de uma cidade grande, conseguimos enxergar algumas (poucas) estrelas. Dá saudades de Petrópolis, quando passava algumas noites horas e horas olhando o céu, vendo os satélites passar, etc.

Ah, lembrei-me de algo que sempre me deixou confuso. Alguém saberia responder por que diabos conseguimos ver os satélites artificiais? Nego-me a acreditar que desperdiçariam a pouca energia que têm gerando luz para se auto-iluminar. Então como os enxergamos? Seria por causa da luz do sol que não é encoberta pela Terra e bate neles? Mesmo que eles estejam numa distância tão pequena de nosso planeta?

Não, não estou usando substancias ilícitas. É apenas uma dessas perguntas bobas que eu sempre me fiz. Bobas como ‘por que ela sumiu?’. Dedezices parte II. Acabou, eu prometo.

Hoje eu vi o filme "Neste Mundo" (In this world), produzido pela BBC, sobre dois refugiados afegãos que tentam chegar em Londres. A fotografia é belíssima, mas, por favor, levar o Urso de ouro em Berlim foi uma loucura. O filme é chatíssimo. Vale a pena "só" a fotografia mesmo.

Voltou a luz, publicarei isso aqui e voltarei a ler meu livro. Até a próxima, desculpem-me por não editar isso aqui para colocar as idéias mais bem estruturadas. Quando estou com sono meu pensamento fica meio estranho, é muito semelhante a quando estou etilicamente alterado (gostei!). A gente gosta de coisas assim, ridículas, com facilidade.

Abraços, beijos e até a próxima!

sábado, agosto 19, 2006

Ele está voltando...

Esta semana andou circulando na imprensa especializada que eu voltaria a escrever neste humilde espaço. Sinceramente, não sei como essa informação vazou, uma vez que somente pessoas muito próximas sabiam de um possível retorno. Talvez tenha sido alguma espécie de pressão, para que eu me manifestasse; enfim, não gosto dessas coisas mal resolvidas, então vamos esclarecê-las.

Este ano foi bastante conturbado. Em janeiro saí de um emprego bastante amador que me rendia um salário miserável e fui para um em um ambiente mais profissional, mas ainda muito desorganizado. Tratava-se de uma fábrica de software, porém não tinha a organização que uma fábrica demanda e era gerido por gente muito despreparada. Desde o primeiro dia em que lá estive, sabia que não ficaria por muito tempo, mas seria uma experiência importante pois meu salário dobrou e adquiri conhecimento em umas tecnologias que só conhecia na teoria. Isso sem falar da experiência, chata mas útil, de se trabalhar em um ambiente onde você trabalha muito mais do que a maioria dos que ganham mais que você e dos que recebem a fama pelo trabalho feito.

A oferta de me colocarem como projetista não foi suficiente para me segurar quando anunciei minha saída. Eu não faço terrorismo com patrão, se anuncio que estou saindo é porque não estou disposto a negociação, e foi isso que eu disse. Se eu estiver a fim de negociar uma promoção, pedirei isso de forma clara, não com a ameaça que estou saindo. Sem contar que a oportunidade que surgiu foi no setor de telecomunicações, que muito me interessa, trabalhando com o que gosto (Java) e recebendo o dobro, o que muito contribui para meu projeto de ir morar na Europa em breve.

Esses últimos meses, como podem imaginar, foi muito conturbado e por isso não tive muito tempo para escrever neste blog, ainda que vontade não falte. Agora estou começando a organizar um pouco mais a minha vida e começo a arrumar tempo para minhas atividades de lazer, como ir ao cinema, algo que sou completamente apaixonado e quase não fui este ano.

Semana passada fui ver Elsa y Fred, um filme argentino/espanhol sobre o amor, o fato de nunca ser tarde para amar, toda essa conversa piegas, mas que é muito bem contada no filme, de excelente qualidade. Segue a sinopse do filme, em espanhol:


Elsa &Fred es una historia de amor tardío. Una historia de dos vidas que al final del camino descubren que nunca es tarde para amar… ni para soñar.

Elsa tiene 82 años, de los cuales 60 vivió soñando un momento que ya había sido soñado por Fellini: la escena de La Dolce Vita en la Fontana di Trevi. Igual, pero sin Anita Ekberg sino ella. Sin Marcello Mastroiani, sino con ese amor que tardó tanto tiempo en aparecer.

Alfredo es un poco más joven que Elsa y siempre fue un hombre de bien que cumplió con su deber. Al quedar viudo, desconcertado y angustiado por la ausencia de su mujer, su hija le insta a mudarse a un apartamento más pequeño donde conoce a Elsa. A partir de este momento, todo se transforma.

Elsa irrumpe en su vida como un torbellino dispuesta a demostrarle que el tiempo que le queda de vida – mucho o poco – es precioso y puede disfrutarlo como le plazca. Fred se deja llevar por el vértigo de Elsa, por su juventud, por su intrepidez, por su hermosa locura. Es así como Alfredo (o Fred como le llama Elsa), aprende a vivir.


Já tenho alguns filmes na lista dos próximos para serem vistos:

A prova
Obrigado por Fumar
O Que Você Faria?

***




Uma coisa que eu acredito que vá facilitar que eu volte a escrever foi a compra de um laptop. Até algumas semanas eu só vinha utilizando para assuntos profissionais, mas agora consegui um outro laptop lá no trabalho. Depois de algum tempo utilizando o diabo do mouse touchpad que vem no laptop, comecei a desenvolver uma tendinite, o que motivou a compra de um mouse USB; aproveitei para comprar o Wireless Notebook Optical Mouse 4000, da Microsoft, é meio caro mas valeu cada centavo.

***


No mais, é isso mesmo. Tenho lido diariamente a newsletter do Cesar Maia, que ele prefere chamar de “ex-blog”, escutado os excelentes podcasts sobre cinema do palomitas com sal e trabalhado muito. Fora isso, o meu retorno às pistas de corrida está previsto para setembro.

Ah, sim, em relação a voltar a escrever por aqui, ainda não posso confirmar nada... aguardem!