sábado, março 12, 2005

Zé Colmeia

Tenho lido, entre outras coisas (estou com uns quatro ou cinco livros 'sendo lidos'), 'Mar Sem Fim', do Amyr Klink. O livro conta a circunavegação que ele fez sozinho na convergência antártica. Podem dizer que é subliteratura, que daqui a pouco estarei comprando a biografia do Diniz, ou qualquer outra coisa do gênero; tenho uma puta admiração pelo Amyr Klink, pelas missões 'solitárias' dele, que contrariam nosso instinto de viver em sociedade.

O cara se manda e fica sete, oito meses sozinho, navegando. Quem não tem vontade de fazer isso?!

- Qualquer pessoa com um cérebro maior que uma ervilha, senhor Indignado!

Ok, não devem ser lá muitas pessoas (contrariando sua teoria do cérebro menor que ervilha). O problema que, vamos cair na real, não há condições financeiras para tal proeza, eu nunca soube navegar e mal me equilibro na barca Rio-Niterói. Surfar ondas de mais de vinte metros a um vento de mais de cinqüenta nós em um veleiro não é pra mim. Talvez fosse mais fácil virar um urso.

O mundinho solitário, se pensarmos racionalmente, é uma boa. O único inconveniente é que não somos nem computadores, para só agirmos 'racionalmente', nem ursos, para vivermos lá isolados a vida inteira. Necessitamos de vida social, interagir com outros seres da mesma espécie, seres do sexo oposto de preferência -e esses dão especial dor de cabeça. Creio que seja intrínseco ao ser humano o masoquismo, pois necessitamos dessa dor de cabeça. Engraçado, por alguns momentos eu invejo os ursos...

Sabe o filme "A Mosca"? Então, será que não rola um processo semelhante de 'ursificação'?

- Poxa, senhor Indignado, no seu caso, não precisa de ficção científica alguma. Basta passar a gostar de mel

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