Falta de petróleo muda discurso dos EUA

A Libéria há 14 anos está em estado de guerra civil, e agora os conflitos se intensificaram. Os EUA foram requisitados pela ONU para liderarem uma missão de paz na Libéria, mas não aceitou. Por que será?

Ontem, o conflito entre rebeldes e o exército do presidente Charles Taylor resultou em cerca de 90 mortos. A população local clama por uma intervenção internacional, o secretário geral da ONU, Kofi Anan, pediu aos EUA que comandem uma força de paz na Libéria; mas George W. Bush diz que, para que isto ocorra, é necessário que o presidente Taylor deixe o poder. Mesmo assim, antes dos EUA entrarem na jogada, uma coalizão militar africana quem deveria estabelecer a ordem e, aí sim, os EUA liderariam o resto da missão de paz. Ou seja: os africanos fariam o trabalho sujo e os EUA comeriam o filet mignon.

O mais impressionante é que ontem houve um envio de tropas americanas à Libéria, mas, para a surpresa geral da população, tratava-se de uma missão de resgate de funcionários não essenciais da embaixada americana. Pegaram os funcionários e foram embora. A população, revoltada, empilhou corpos diante da embaixada americana.

Curiosa a diferença de discurso (e principalmente de ações!) para que líderes tão horrorosos deixem o poder, não? No caso do Iraque, ou Saddam deixava o país em um mês, ou a Polícia lá entraria e tomaria o país das mãos do capeta. Já no caso da Libéria, (onde os EUA contam com a ONU) eles que se explodam, se quiserem a ajuda de Deus, que lhe entreguem o serviço já quase feito, só faltando botar a cereja em cima e comer.

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O que o petróleo não faz...

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Só assim mesmo para que os cadernos destinados a notícias internacionais falem da África.

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Falando em ditadores sanguinários, rezemos por Idi Amim Dada, ex-ditador de Uganda, que tem mais de 400 mil mortes nas costas e que agora, exilado na Arábia Saudita, está em coma. Dizem as más línguas que ele era canibal! Enfim, rezemos para que vá o mais rápido possível para o inferno.