Briga de bêbado

No final da noite de terça-feira, o presidente Lula tomou a decisão de cassar o visto do jornalista Larry Rohter, autor da polêmica matéria, publicada no New York Times, que informava haver uma preocupação nacional com as bebedeiras do presidente.

Já falaram que Rohter escreveu a matéria na praia, no Rio de Janeiro. Provavelmente depois de tomar algumas caipirinhas. Lula, por sua vez, convocou uma reunião e, mesmo com todos desaconselhando que ele tomasse tal atitude, o presidente resolveu cassar o visto do jornalista e, por consequência, decretar sua 'expulsão' do país. Reunião marcada por socos na mesa, palavrões, etc. Só podia estar bêbado também.

Pergunto: pra que a reunião, se Lula já tinha tomado a decisão?

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A matéria já tinha sido divulgada, as insinuações sobre o gosto do presidente por álcool seriam feitas a partir de então. O presidente havia conseguido a solidariedade dos líderes no congresso, por meio de uma carta assinada por todos, mesmo os da oposição. O Itamaraty iria se encarregar de tentar uma retratação no jornal ou coisa do gênero... o assunto já começava a sair da mídia. Mas o presidente parece que não gosta que os problemas saiam menos do que entraram no Palácio do Planalto. Resolveu chamar a atenção de todos os países e orgãos de imprensa para o caso. Agora o país vai pra lista dos países onde a liberdade de imprensa é limitada, e nosso presidente, que já tinha a imagem intimamente ligada a de Fidel Castro e Hugo Chavez, agora também tem atitudes parecidas com as deles...

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Este fato foi uma vergonha e perigosíssimo. Se houvesse alguma lei que permitisse o presidente a expulsar/prender jornalistas que falassem asneiras a seu respeito, tal como fez Larry Rohter, será que Lula resistiria a calar a voz deles todos? Foram pesquisar lá no fundo do baú para achar uma lei, da época da ditadura, para cassar o visto de Rohter. Ainda bem revogaram o AI5...