quinta-feira, novembro 21, 2002

Polêmica dos radares

Desde algumas semanas atrás, que notícias a respeito de radares eletrônicos vêm circulando nos principais jornais do Rio. Alguns dias atrás, os radares do município do Rio foram desligados por ordem judicial, hoje foram religados. Muitos estão discutindo a legalidade do uso dos radares para aplicação de multas. Gostaria muito de saber o porquê da rejeição aos radares.

Se fosse por um critério técnico, caso os equipamentos estivessem fotografando gente abaixo da velocidade máxima permitida na via, aí eu também seria contra. O grande argumento que as pessoas têm usado para atacar os radares é que eles estão instalados em pontos onde há uma maior transgressão da lei, e não em pontos onde há um maior risco de acidentes, e, por isso, estaria caracterizado que os radares são usados apenas para engordar os cofres do Estado.

Se há um limite máximo de velocidade para a via, é por algum motivo. Se não há motivo para tal limite, questionem a lei, tentem acabar com limites máximos de velocidade em determinadas vias, mas não condenem um equipamento que só visa fazer a lei ser cumprida. Se o limite para aquela categoria de via é de 80km/h e você ultrapassa essa velocidade, tem que ser multado. Não interessa se é por um guarda com seu radar manual (pistola) ou um radar eletrônico. Se houvesse um dispositivo nos carros que impedisse o condutor de transgredir qualquer lei de trânsito, certamente o número de acidentes cairia de forma imensa. Isso é uma utopia, mas não podemos ir contra um equipamento preciso que pune aqueles que cometem uma das mais graves infrações do trânsito.

É ridículo! Não consigo enxergar um argumento que possa ir contra o uso desses radares. Se o limite é um, e você passa acima disso, você está errado, ponto final, não tem o que discutir. É uma pena que você somente será multado nos pontos onde esses radares estão instalados. Se você não tem competência para se enquadrar às leis de trânsito, lamento, meu amigo, mas você nem deveria portar uma licença de motorista.

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O problema todo é que arrumaram um método simples, eficiente e quase imune à corrupção para fazer uma lei ser cumprida. Isso gera grandes problemas -parecido com o que ocorre com a CPMF. Não dá espaço para o "jeitinho", afinal, lá está a foto do seu carro...acima da velocidade máxima permitida. Não existem argumentos contra tal fato.

O que os "malandrões" fizeram? Foram aos arrumadores de jeitinhos oficiais, os advogados. Essa turminha já conseguiu até obrigar que os radares sejam sinalizados de forma ridícula, com mil e quinhentas placas, avisos luminosos, sonoros, tudo o que for possível: "ATENÇÃO, FREIE! EM 100 METROS TEM UM RADAR!!! DEPOIS VOCÊ PODE CONTINUAR A CORRER FEITO UM LOUCO!!!". Agora querem proibir o uso desse equipamento antijeitinho. Ê Brasil...

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