terça-feira, julho 20, 2004

A febre do Orkut

Será que sou o único a não gostar desse troço? Não sei como está em outros lugares do mundo, mas, aqui no Brasil, o Orkut virou mania no universo daqueles que têm acesso à internet. As pessoas estão entrando e proliferando seus contatos e ainda nem pararam para se perguntar que diabos estão fazendo lá. Mas como seus conhecidos também estão lá, elas vão sem nem perguntarem o porquê.
 
Convidaram-me pra entrar e lá fui eu fazer meu cadastro, que é maior do que qualquer cadastro de qualquer orgão público. Ali estão meus amigos. Ora, meus amigos eu não preciso de uma home-page para saber quem são. Ah, mas aquelas pessoas que você não fala há muito tempo vão poder te achar! Viu só? Mais um grave problema nesse troço. Se eu não falo com alguém há muito tempo, provavelmente é porque não tinhamos mais nada a ser dito. E aí ficará aquele encontro idiota: "Opa, e aí. Tudo bem?!", "tudo ótimo e aí?! Lembra-se do...". Depois de relembrar meia duzia de fatos que já foram relembrados da última vez que se encontraram (5 anos atrás), não há mais nada a ser dito e as pessoas têm uma certa dificuldade em assumir o fato de que aquela pessoa não é mais seu amigo. Pode ser uma pessoa que você tem boas lembranças e tal, mas não é mais seu amigo. Sua vida não tem mais nada a ver com a da outra pessoa. Ponto final.
 
Enfim, algumas pessoas da minha época de colégio estão surgindo nesse Orkut. Pessoas com que nunca tive nada pra falar e continuo não tendo. Aquelas que tenho algo pra falar, pego o telefone, vou até a casa da pessoa, ou seja lá como, eu falo. Não preciso do Orkut pra falar. É isso que me intriga: pra que serve essa porcaria? Só para as pessoas ficarem inflando seus egos, vendo a lista de 'contatos' aumentando de forma exponencial? Ora, por favor, de classificados de pessoas basta os fotologs!
 
***

 
Bem legalzinho esse novo editor de posts do blogger, hein?

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