Feliz ano novo!
Já é de conhecimento geral que o ano só começa, pra valer, após o carnaval. E isso é verdade. Até hoje nada foi feito no congresso; os programas de televisão estão voltando das férias –Jô Soares prometendo voltar magro–, outros programas estão estreando; Datena de volta a Bandeirantes, e a guerra ainda não começou. Falando em guerra, o que me preocupa é justamente que Bushinho, animado com a sacanagem da festa de fim de ano, tenha tomado uma porranca e resolva dar continuidade às sacanagens das festas, com o início da guerra.
Mas como foi o “final de ano” do senhor Indignado? Ora! Como teria sido? É óbvio: muita gandaia, porres homéricos e a resolução de tornar-me vegetariano. Ha, a sacanagem impera no mundo, mas nem tanto, meus caros. O mundo ainda não está totalmente perdido. Dando continuidade à política deste sítio, falarei menos do final de ano da estrela maior –eu–, para falar das celebridades menores, aquelas que aparecem na televisão, enfim, como foi a cobertura televisiva do carnaval?
Bem, parece que, após o meu post reclamando da cobertura da Bandeirantes, eles resolveram dar uma guaribada, e os dois bailes que seguiram (Baile VIP e Baile Vermelho e Preto) foram espetacularmente bem transmitidos, como vocês podem conferir na imagem, os repórteres não hesitaram.
O maior destaque dos bailes foi Edilásio ex-Jr, atualmente Edilásio Barra. Ele, com sua pele de areia mijada, consegue ser a figura mais inconveniente da televisão. Chega a ser assustador como ele acha que tem intimidade com as pessoas (vejam ele carregando o repórter da Bandeirantes), mesmo que a pessoa nem faça idéia quem ele é. Para quem não sabe quem é a figura, Edilásio começou sua brilhante carreira na novela Roque Santeiro fazendo o papel de assistente da equipe de filmagem, mas transformou-se em VIP quando estreou um programa com esse nome, na CNT. Dou um destaque importante para esse programa da CNT, quando ficou claro quem era Edilásio, era a estrela, não era mais um simples coadjuvante sem palavras. Porém, isso não significa que ele era conhecido, e literalmente ninguém tinha idéia de quem ele era, mas, como eu já disse, isso não impedia que Edilásio abraçasse e fizesse piadinhas com todos que encontrasse. Naquela época, os entrevistados ficavam perplexos diante daquela visão dantesca. Hoje em dia, quando o apresentador já passou pela RedeTV e hoje está na Bandeirantes, seus entrevistados fogem dele e o olhar não é mais de perplexidade, é de tristeza por ter sido achado pelo animado apresentador.
Voltando ao Carnaval, mais especificamente aos bailes do Scala, confesso que fico comovido pelo repertório musical. Há mais de trinta anos que não muda absolutamente nada, mas isso não significa exatamente um problema, pois se mudassem ninguém perceberia também. Alguns dos destaques musicais foram (não sei o nome oficial das músicas): “Quem não chora não mama”; “Se a canoa não virar”, que todo mundo só sabe cantar a versão mais, digamos, chula; “Mamãe eu quero”; “Ô balancê”; “As águas vão rolar”; “Sassaricando”, que talvez seja a mais moderninha; “Cabeleira do Zezé”; “Índio quer apito”; “Mulata bossa-nova”. A grande novidade talvez tenha ficado por conta de “Não se vá” em ritmo de samba. Genial!
Embalado pelo som das marchinhas, o colunista (não me perguntem de onde) Fernando Moreno, que tem forte semelhança com Clodovil, soltou a bomba do Carnaval, garantiu (não sei se estava totalmente consciente do que falava) que o casal deste Carnaval foi Lacraia e Vampeta. Lamentável...
* * *
Mas o carnaval não se resume a bailes do Scala, temos também o “maior espetáculo do mundo”: os desfiles das escolas de samba, a nossa vitrine, onde exibimos nosso maior produto de exportação: as moças cheias de calor humano e muita alegria pra dar.
É verdade que a cobertura da Globo é muito chata, isso sem falar que eles só mostram os globais e quando aparecem alguma estrela que não seja “da casa”, ou ignoram ou não dão destaque algum. Ninguém liga a TV para ver as fantasias da X9 ou as alegorias da Rosas de Ouro. Queremos ver os acontecimentos, as coisas bizarras da concentração. Não queremos ouvir o repórter Maurício chatíssimo Kubrusly falar que odeia mulher nua na avenida, isso todos já sabemos. Queremos ver o repórter errar o nome do entrevistado, coisas do gênero.
Por isso a RedeTV foi a campeã da cobertura das escolas de samba. Como sempre, sem direito de transmitir o “evento maior”, a cobertura se “resumiu” à concentração e aos camarotes. Fiquei tremendamente feliz ao ver que o fantástico repórter Djailton estava de volta e que ele, como sempre, deu um show. O ponto alto foi quando ele foi entrevistar a Dani Bananinha e perguntou: “Qual o seu nome?” e ela respondeu: “Dani Bananinha”, causando tremenda surpresa no repórter que, de fato, não percebeu que era a famosíssima assistente de palco do internacional Luciano Huck. O ponto baixo foi a entrevista onde o versátil Djailton teve que se ajoelhar, afinal, sua entrevistada tinha apenas 96 cm de altura. Djailton para quem não se lembra, fantasiado de garçom, era repórter da Sonia Abrão, na RedeTV. É o melhor repórter para esses grandes eventos, e provou isso ao flagrar, com exclusividade, Sílvia Abravanel sendo barrada em um camarote no Anhembi.
* * *
Já que o grande reaparecimento de repórter foi Djailton, o grande sumiço deste Carnaval certamente ficou por conta de Márcio Canuto, que nos deixou em paz.
* * *
Depois disso tudo, vieram as apurações dos desfiles. Este, sem dúvida, é um fato que me deixa intrigado. Por que simplesmente não liberam uma circular informando quem foi o vencedor e as respectivas notas? Por que toda aquela palhaçada? Não haveria briga, e nem levaríamos o tapa na cara que levamos ao ver todos os bicheiros cariocas reunidos em um único local e contando com a proteção policial.
As vistas grossas que a sociedade faz para o Carnaval é uma piada. Os desfiles só existem, nos moldes de hoje, por causa dos “patronos” e, conseqüentemente, por causa do crime. Mas a mesma rede de televisão que tanto cobra justiça e punição para os criminosos do seu repórter é a mesma rede que apóia boa parte do crime organizado.
— Ora, senhor Indignado, não seja tão radical.
Talvez você não seja do Rio e, por isso, possa não lembrar. Mas quem é da “Cidade Maravilhosa” certamente se lembra que boa parte da imprensa carioca estava presente na famosa “Lista do Castor”.
Os desfiles ainda são mascarados pelo “espetáculo” em si, mas a apuração é uma ofensa à sociedade. Ver todos eles sendo protegidos por quem deveria prendê-los. Vê-los enaltecidos por quem deveria denunciá-los, etc.
Como costumam dizer, as coisas que acontecem no primeiro minuto do ano tendem a acontecer durante todo o ano. Pela primeira vez creio nisso, afinal, não temos dúvida de que esse ano será repleto de ofensas às pessoas decentes.
* * *
— Espera aí, senhor Indignado. E o Carnaval do povo? O verdadeiro carnaval, o de rua?
Bem, só posso dizer que o de Salvador é ridículo. Faço idéia que seja uma daquelas coisas boas de se fazer, mas chatíssimas de se ver. Dizem que é muito legal esquiar; muito legal jogar pólo; muito prazeroso ficar na praia tostando sob um sol de 40ºC, mas certamente é chatíssimo ficar vendo alguém se tostar na praia, jogando pólo ou esquiando. Dizem que o Carnaval de Salvador é uma maravilha, mas certamente não é para assistir, principalmente com a cobertura imunda da Bandeirantes.
Mesmo alguns dizendo que aquilo é muito bom, eu confesso que não consigo acreditar, afinal, a própria Bandeirantes denunciou, quando o repórter legalzão Marcos Mion falou que dentro dos camarotes rola festa techno. Se é pra ir para uma casa noturna repleta de prostitutas, onde toca techno, você não precisa pagar passagem aérea para Salvador nem ter que aturar aquela multidão toda.
Ah, vale o registro que, assim como os bicheiros são enaltecidos no Carnaval carioca, em Salvador não tem ninguém que não faça uma menção honrosa ao senador.
E o Carnaval de rua do Rio? Bom...posso dizer que, no Sábado, eu estava indo comer na Porcão de Copacabana e, como sempre, errei o caminho. Fui por Botafogo e acabei pegando o túnel velho, caí na Santa Clara, onde fiquei preso no engarrafamento devido a um bloco de rua. Escapando dali com muito sofrimento, consegui chegar até a Orla, onde também ocorriam festejos. Essa parte do Carnaval merece ser esquecida e, por respeito aos senhores, não descreverei os fatos aos quais ali presenciei. Lamentável.
Já é de conhecimento geral que o ano só começa, pra valer, após o carnaval. E isso é verdade. Até hoje nada foi feito no congresso; os programas de televisão estão voltando das férias –Jô Soares prometendo voltar magro–, outros programas estão estreando; Datena de volta a Bandeirantes, e a guerra ainda não começou. Falando em guerra, o que me preocupa é justamente que Bushinho, animado com a sacanagem da festa de fim de ano, tenha tomado uma porranca e resolva dar continuidade às sacanagens das festas, com o início da guerra.
Mas como foi o “final de ano” do senhor Indignado? Ora! Como teria sido? É óbvio: muita gandaia, porres homéricos e a resolução de tornar-me vegetariano. Ha, a sacanagem impera no mundo, mas nem tanto, meus caros. O mundo ainda não está totalmente perdido. Dando continuidade à política deste sítio, falarei menos do final de ano da estrela maior –eu–, para falar das celebridades menores, aquelas que aparecem na televisão, enfim, como foi a cobertura televisiva do carnaval?
Bem, parece que, após o meu post reclamando da cobertura da Bandeirantes, eles resolveram dar uma guaribada, e os dois bailes que seguiram (Baile VIP e Baile Vermelho e Preto) foram espetacularmente bem transmitidos, como vocês podem conferir na imagem, os repórteres não hesitaram.
O maior destaque dos bailes foi Edilásio ex-Jr, atualmente Edilásio Barra. Ele, com sua pele de areia mijada, consegue ser a figura mais inconveniente da televisão. Chega a ser assustador como ele acha que tem intimidade com as pessoas (vejam ele carregando o repórter da Bandeirantes), mesmo que a pessoa nem faça idéia quem ele é. Para quem não sabe quem é a figura, Edilásio começou sua brilhante carreira na novela Roque Santeiro fazendo o papel de assistente da equipe de filmagem, mas transformou-se em VIP quando estreou um programa com esse nome, na CNT. Dou um destaque importante para esse programa da CNT, quando ficou claro quem era Edilásio, era a estrela, não era mais um simples coadjuvante sem palavras. Porém, isso não significa que ele era conhecido, e literalmente ninguém tinha idéia de quem ele era, mas, como eu já disse, isso não impedia que Edilásio abraçasse e fizesse piadinhas com todos que encontrasse. Naquela época, os entrevistados ficavam perplexos diante daquela visão dantesca. Hoje em dia, quando o apresentador já passou pela RedeTV e hoje está na Bandeirantes, seus entrevistados fogem dele e o olhar não é mais de perplexidade, é de tristeza por ter sido achado pelo animado apresentador.
Voltando ao Carnaval, mais especificamente aos bailes do Scala, confesso que fico comovido pelo repertório musical. Há mais de trinta anos que não muda absolutamente nada, mas isso não significa exatamente um problema, pois se mudassem ninguém perceberia também. Alguns dos destaques musicais foram (não sei o nome oficial das músicas): “Quem não chora não mama”; “Se a canoa não virar”, que todo mundo só sabe cantar a versão mais, digamos, chula; “Mamãe eu quero”; “Ô balancê”; “As águas vão rolar”; “Sassaricando”, que talvez seja a mais moderninha; “Cabeleira do Zezé”; “Índio quer apito”; “Mulata bossa-nova”. A grande novidade talvez tenha ficado por conta de “Não se vá” em ritmo de samba. Genial!
Embalado pelo som das marchinhas, o colunista (não me perguntem de onde) Fernando Moreno, que tem forte semelhança com Clodovil, soltou a bomba do Carnaval, garantiu (não sei se estava totalmente consciente do que falava) que o casal deste Carnaval foi Lacraia e Vampeta. Lamentável...
Mas o carnaval não se resume a bailes do Scala, temos também o “maior espetáculo do mundo”: os desfiles das escolas de samba, a nossa vitrine, onde exibimos nosso maior produto de exportação: as moças cheias de calor humano e muita alegria pra dar.
É verdade que a cobertura da Globo é muito chata, isso sem falar que eles só mostram os globais e quando aparecem alguma estrela que não seja “da casa”, ou ignoram ou não dão destaque algum. Ninguém liga a TV para ver as fantasias da X9 ou as alegorias da Rosas de Ouro. Queremos ver os acontecimentos, as coisas bizarras da concentração. Não queremos ouvir o repórter Maurício chatíssimo Kubrusly falar que odeia mulher nua na avenida, isso todos já sabemos. Queremos ver o repórter errar o nome do entrevistado, coisas do gênero.
Por isso a RedeTV foi a campeã da cobertura das escolas de samba. Como sempre, sem direito de transmitir o “evento maior”, a cobertura se “resumiu” à concentração e aos camarotes. Fiquei tremendamente feliz ao ver que o fantástico repórter Djailton estava de volta e que ele, como sempre, deu um show. O ponto alto foi quando ele foi entrevistar a Dani Bananinha e perguntou: “Qual o seu nome?” e ela respondeu: “Dani Bananinha”, causando tremenda surpresa no repórter que, de fato, não percebeu que era a famosíssima assistente de palco do internacional Luciano Huck. O ponto baixo foi a entrevista onde o versátil Djailton teve que se ajoelhar, afinal, sua entrevistada tinha apenas 96 cm de altura. Djailton para quem não se lembra, fantasiado de garçom, era repórter da Sonia Abrão, na RedeTV. É o melhor repórter para esses grandes eventos, e provou isso ao flagrar, com exclusividade, Sílvia Abravanel sendo barrada em um camarote no Anhembi.
Já que o grande reaparecimento de repórter foi Djailton, o grande sumiço deste Carnaval certamente ficou por conta de Márcio Canuto, que nos deixou em paz.
Depois disso tudo, vieram as apurações dos desfiles. Este, sem dúvida, é um fato que me deixa intrigado. Por que simplesmente não liberam uma circular informando quem foi o vencedor e as respectivas notas? Por que toda aquela palhaçada? Não haveria briga, e nem levaríamos o tapa na cara que levamos ao ver todos os bicheiros cariocas reunidos em um único local e contando com a proteção policial.
As vistas grossas que a sociedade faz para o Carnaval é uma piada. Os desfiles só existem, nos moldes de hoje, por causa dos “patronos” e, conseqüentemente, por causa do crime. Mas a mesma rede de televisão que tanto cobra justiça e punição para os criminosos do seu repórter é a mesma rede que apóia boa parte do crime organizado.
— Ora, senhor Indignado, não seja tão radical.
Talvez você não seja do Rio e, por isso, possa não lembrar. Mas quem é da “Cidade Maravilhosa” certamente se lembra que boa parte da imprensa carioca estava presente na famosa “Lista do Castor”.
Os desfiles ainda são mascarados pelo “espetáculo” em si, mas a apuração é uma ofensa à sociedade. Ver todos eles sendo protegidos por quem deveria prendê-los. Vê-los enaltecidos por quem deveria denunciá-los, etc.
Como costumam dizer, as coisas que acontecem no primeiro minuto do ano tendem a acontecer durante todo o ano. Pela primeira vez creio nisso, afinal, não temos dúvida de que esse ano será repleto de ofensas às pessoas decentes.
— Espera aí, senhor Indignado. E o Carnaval do povo? O verdadeiro carnaval, o de rua?
Bem, só posso dizer que o de Salvador é ridículo. Faço idéia que seja uma daquelas coisas boas de se fazer, mas chatíssimas de se ver. Dizem que é muito legal esquiar; muito legal jogar pólo; muito prazeroso ficar na praia tostando sob um sol de 40ºC, mas certamente é chatíssimo ficar vendo alguém se tostar na praia, jogando pólo ou esquiando. Dizem que o Carnaval de Salvador é uma maravilha, mas certamente não é para assistir, principalmente com a cobertura imunda da Bandeirantes.
Mesmo alguns dizendo que aquilo é muito bom, eu confesso que não consigo acreditar, afinal, a própria Bandeirantes denunciou, quando o repórter legalzão Marcos Mion falou que dentro dos camarotes rola festa techno. Se é pra ir para uma casa noturna repleta de prostitutas, onde toca techno, você não precisa pagar passagem aérea para Salvador nem ter que aturar aquela multidão toda.
Ah, vale o registro que, assim como os bicheiros são enaltecidos no Carnaval carioca, em Salvador não tem ninguém que não faça uma menção honrosa ao senador.
E o Carnaval de rua do Rio? Bom...posso dizer que, no Sábado, eu estava indo comer na Porcão de Copacabana e, como sempre, errei o caminho. Fui por Botafogo e acabei pegando o túnel velho, caí na Santa Clara, onde fiquei preso no engarrafamento devido a um bloco de rua. Escapando dali com muito sofrimento, consegui chegar até a Orla, onde também ocorriam festejos. Essa parte do Carnaval merece ser esquecida e, por respeito aos senhores, não descreverei os fatos aos quais ali presenciei. Lamentável.
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