Michael Moore, meus respeitos!
Ontem eu assisti a um documentário, na GNT, de um humorista chamado Michael Moore. Eu nunca tinha ouvido falar nele, mas achei o cara genial.
Essas são as informações do site da GNT sobre o documentário:
The Big One
Documentário longa-metragem dirigido por Michael Moore que fica na fronteira da comédia e da denúncia séria e que pode ser definido dessa forma. Nele, o cineasta desafia o mundo das grandes corporações, batendo de porta em porta nas empresas e fazendo perguntas constrangedoras que os CEOs certamente preferiam não ter de responder.
É exatamente isso. Para vocês terem uma idéia, o sujeito consegue uma entrevista com o CEO da Nike e a primeira coisa que ele faz, assim que cumprimenta o cara da Nike, é oferecer um presente. Duas passagens, uma no nome do CEO e outra no nome do Michael Moore, para a Indonésia, para que o CEO conheça quem fabrica os calçados da empresa dele. Aí o cidadão ficou meio desajeitado e falou que naquela data ele não poderia ir, foi quando o "cara-de-pau" falou: "Não seja por isso, eu posso reagendar essas passagens para qualquer dia". Daí o CEO ficou completamente embaraçado, assim como no resto da entrevista inteira. Enfim, ele questiona o porquê de mesmo tendo tido lucro de bilhões de dólares nos últimos anos, ele simplesmente não melhora as condições de seus trabalhadores. Ou ainda, por que não fabrica os tênis nos EUA mesmo. Ele questiona o quanto um cidadão desses pode abrir mão de lucros extraordinários como esses para propiciar uma melhor qualidade de vida para uma quantidade imensa de pessoas. No final, ele acaba arrancando uma doação de 10 mil dólares para o sistema educacional de uma cidadezinha dos EUA e fala: "Poxa, muita gentileza de sua parte, a empresa faturou mais de 6 bilhões de dólares e o senhor fez essa fantástica doação de 10 mil dólares!". Quem gosta dos documentários da inglesa Ruby Wax (se não me engano é assim que escreve) vai adorar esse sujeito. O estilo é o mesmo, só que ele é mais engraçado e toca em assuntos mais sérios.
* * *
Fui pesquisar na Internet sobre o dito cujo e achei a página dele, que traz coisas interessantíssimas. Achei especialmente interessante a "Operation Oily Residue". Segue um trecho:
John Kerry will run for president and says Bush has used the war on Iraq to distract the public —which raises a question: Why’d he vote for a war on Iraq?
Junto a essa frase, há um link para que você veja todos os deputados e senadores democratas que votaram a favor da guerra contra o Iraque. Vale a pena conferir o site, é muito interessante. Até mesmo me animei para comprar algum livro dele...obviamente esse é o objetivo do documentário, e deu certo.
* * *
Faz falta esse tipo de "humor" crítico no Brasil. O Casseta & Planeta, que diz um dia já ter feito isso, hoje em dia só faz humor barato, dizendo que o presidente viaja muito, que o outro não tem dedo, que o Zagallo é velho. Coisas que servem realmente como um Lexotan: você vê aquelas imbecilidades todas, dá dois risinhos, "esquece dos problemas" e vai dormir em paz. Tem o seu valor, conserva alguns vários fios de cabelo na população. Mas eu prefiro o cidadão indignado (oh!) Michael Moore, que faz as pessoas pensarem um pouco -de vez em quando faz bem.
Ontem eu assisti a um documentário, na GNT, de um humorista chamado Michael Moore. Eu nunca tinha ouvido falar nele, mas achei o cara genial.
Essas são as informações do site da GNT sobre o documentário:
The Big One
Documentário longa-metragem dirigido por Michael Moore que fica na fronteira da comédia e da denúncia séria e que pode ser definido dessa forma. Nele, o cineasta desafia o mundo das grandes corporações, batendo de porta em porta nas empresas e fazendo perguntas constrangedoras que os CEOs certamente preferiam não ter de responder.
É exatamente isso. Para vocês terem uma idéia, o sujeito consegue uma entrevista com o CEO da Nike e a primeira coisa que ele faz, assim que cumprimenta o cara da Nike, é oferecer um presente. Duas passagens, uma no nome do CEO e outra no nome do Michael Moore, para a Indonésia, para que o CEO conheça quem fabrica os calçados da empresa dele. Aí o cidadão ficou meio desajeitado e falou que naquela data ele não poderia ir, foi quando o "cara-de-pau" falou: "Não seja por isso, eu posso reagendar essas passagens para qualquer dia". Daí o CEO ficou completamente embaraçado, assim como no resto da entrevista inteira. Enfim, ele questiona o porquê de mesmo tendo tido lucro de bilhões de dólares nos últimos anos, ele simplesmente não melhora as condições de seus trabalhadores. Ou ainda, por que não fabrica os tênis nos EUA mesmo. Ele questiona o quanto um cidadão desses pode abrir mão de lucros extraordinários como esses para propiciar uma melhor qualidade de vida para uma quantidade imensa de pessoas. No final, ele acaba arrancando uma doação de 10 mil dólares para o sistema educacional de uma cidadezinha dos EUA e fala: "Poxa, muita gentileza de sua parte, a empresa faturou mais de 6 bilhões de dólares e o senhor fez essa fantástica doação de 10 mil dólares!". Quem gosta dos documentários da inglesa Ruby Wax (se não me engano é assim que escreve) vai adorar esse sujeito. O estilo é o mesmo, só que ele é mais engraçado e toca em assuntos mais sérios.
Fui pesquisar na Internet sobre o dito cujo e achei a página dele, que traz coisas interessantíssimas. Achei especialmente interessante a "Operation Oily Residue". Segue um trecho:
John Kerry will run for president and says Bush has used the war on Iraq to distract the public —which raises a question: Why’d he vote for a war on Iraq?
Junto a essa frase, há um link para que você veja todos os deputados e senadores democratas que votaram a favor da guerra contra o Iraque. Vale a pena conferir o site, é muito interessante. Até mesmo me animei para comprar algum livro dele...obviamente esse é o objetivo do documentário, e deu certo.
Faz falta esse tipo de "humor" crítico no Brasil. O Casseta & Planeta, que diz um dia já ter feito isso, hoje em dia só faz humor barato, dizendo que o presidente viaja muito, que o outro não tem dedo, que o Zagallo é velho. Coisas que servem realmente como um Lexotan: você vê aquelas imbecilidades todas, dá dois risinhos, "esquece dos problemas" e vai dormir em paz. Tem o seu valor, conserva alguns vários fios de cabelo na população. Mas eu prefiro o cidadão indignado (oh!) Michael Moore, que faz as pessoas pensarem um pouco -de vez em quando faz bem.
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