sexta-feira, julho 19, 2002

Diga não à dublagem...

Não somos anjosNesta madrugada, passou, no Intercine, o filme chamado We Are No Angels (Não somos anjos). O filme conta uma história de dois prisioneiros (representados por Robert de Niro e Sean Penn) que fogem da prisão e se refugiam em um mosteiro, se passando por padres. O cenário é uma pequena cidade localizada na fronteira dos EUA com o Canadá e, portanto, o objetivo dos dois falsos padres é atravessar a fronteira para ficarem livres.

Estrelado por Robert de Niro e Sean Penn - que tem uma atuação brilhante - We Are No Angels também conta com a participação da Demi Moore, que por sinal, nesta ocasião (1989), ainda tinha formas femininas e sem dúvida era uma das mulheres mais bonitas que existiam, sem aquelas costas de Mike Tyson e peitos bola de basquete...

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O filme não tem nada de espetacular (longe disso), é apenas bom e vale assistir pela atuação do Sean Penn e para matar as saudades da Demi Moore... Mas o que me deixou deveras indignado, foi o fato de eu já ter visto esse filme legendado e agora, no Intercine, vi dublado. É espantoso. Conseguiram destruir a atuação do Sean Penn, botando nele uma voz de locutor de AM às 3 da manhã...

Tudo bem, sabemos que temos excelentes dubladores, sabemos que parte da população é analfabeta e que muitos jovens, ainda não alfabetizados, assistem à TV. Acontece, que o filme começou às duas da manhã! Pelo amor de Deus, essa hora dá para passar algo com uma qualidade superior. Bom mesmo será quando pudermos escolher se o filme terá legenda ou não, como se quando apertássemos a tecla SAP e ativássemos o Closed Captions, aparecesse legenda. Mas como isso não é possível, o jeito é ter que aturar essas dublagens que, por mais bem feitas que sejam, estragam qualquer filme.

Outra coisa, numa das cenas do final, Sean Penn está fazendo um sermão, diante de um microfone, para o povo da cidade. Eu estava vendo na versão dublada, e comecei a achar a cena muito ridícula....não sabia bem o que era, resolvi assistir com SAP e percebi o que se passava de tão estranho. Na dublagem, a voz do Sean Penn estava com um tremendo eco; somando isso com a voz de locutor de AM das 3 da manhã, o telespectador realmente se sentiu no estúdio da rádio! Tava horrível. No original, não há eco, e o principal: o personagem do Sean Penn é um ex-presidiário e, portanto, fala linguagem "mano", completamente cheia de gírias e grosserias, etc... No dublado, nada disso... Resumindo, ficou podre a cena, que no original é bem engraçada.

Com a TV digital, espero estarmos livre deste problema.

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