sábado, janeiro 14, 2006

Jerry Falk mandou lembranças.

Sabia que seria duro pedir demissão do trabalho, afinal, a empresa está em um momento de conquista de novos clientes e eu estou com um dos principais projetos nas minhas costas. Este projeto tem uma entrega de uma versão final de um dos módulos agora no dia 15 de Fevereiro. Seria muito interessante se eu pudesse pelo menos entregar este módulo; mas infelizmente não será possível. Se minha presença realmente era tão necessária e importante assim, deveriam ter se preocupado com isso e me dado um reconhecimento maior além de um tapinha nas costas e um salário ridículo. Não têm dinheiro para pagar melhor? Lamento então. Não posso condicionar o meu crescimento ao crescimento da empresa.

Uma boa solução talvez tivesse sido dar participação nos projetos. Maneira barata de manter alguém envolvido com a empresa e com o projeto. Mas nada disso foi feito. Sempre pensaram que eu jamais faria isso e tal... e por isso a minha dificuldade em tomar essa decisão. Aliás, em comunicá-la, pois a decisão já havia sido tomada.

Meu gerente não conseguiu dizer nada quando o comuniquei. Ficou boqueaberto por uns 5 minutos, estático na frente da tela, literalmente. Falou: "Péssima hora para você me dizer isso.". E foram todas as palavras dele na quinta-feira.

O dono da empresa se disse extremamente triste. Tentou cubrir a proposta financeira. Desesperou-se ao saber quanto eu vou ganhar na outra empresa, e quando eu disse que não estava indo somente pelo dinheiro, mas, principalmente por na outra empresa ter perspectiva de crescimento financeiro e profissional. Ali, se me dessem aumento, eu continuaria no mesmo cargo eternamente, e um novo aumento só viria em situação similar. Não acho bacana chegar com uma faca no peito do patrão para forçá-lo a te dar aumento. Se você parece ser imprecindível, e ele não aumentou seu salário antes, dormiu no ponto.

Eu ainda tinha a esperança que os que lá ficarão recebessem, finalmente, algum reconhecimento; mas duvido que isso ocorra.

Voltando ao assunto, não foi muito fácil o dia quinta-feira...eis que cheguei em casa, fui comer alguma coisa e depois comecei a me sentir febril. Deitei-me bem cedo, umas 22h. Lá pelas 23h levantei para desligar o ar-condicionado, uma vez que estava tremendo, literalmente. Eu estava no quarto fechado, coberto, com agasalho e tremendo de frio. Sou uma das pessoas mais calorentas que já vi. Resolvi tirar a temperatura, pois estava certo que a febre já estava bem alta: 38.5°C. Tomei um tylenol, santo Tylenol, porém dessa vez falhou. A sensação de pré-morte só piorou, resolvi tirar novamente a temperatura e esta já alcançava 39.5°C. Foi quando decidi dar a última cartada antes de me dirigir a algum hospital. Tomei 40 gotas de novalgina e tentei dormir. Acordei às 3h30 com a cama literalmente enxarcada de suor e a temperatura estava em 36°C. Sensacional.

No dia seguinte, sexta-feira, eu teria duas reuniões muito importantes. Liguei para o meu gerente às 8h e lhe comuniquei que estava passando mal e não poderia ir trabalhar. Obviamente que ele falou: "Ok, um abraço" e desligou. Eu, na posição dele, também desconfiaria que o funcionário havia 'chutado o balde', um dia após ter pedido demissão, principalmente porque o dono da empresa não quis me liberar dia 23, conforme a outra empresa solicitou. Então só começarei na outra dia primeiro mesmo.

Hoje já me sinto um pouco melhor, estou com uma febrinha de 37°C constante, sem tomar remédio nenhum para controlá-la. Vamos ver como isso ficará. Enfim, no frigir dos ovos, me sinto muito melhor por estar saindo de lá. Sinto-me verdadeiramente aliviado.

Uma coisa que não falei pro meu patrão, mas que merece ser registrada: a frase que me motivou a mandar currículo e procurar novo emprego veio do meu gerente, há um mês aproximadamente: "Se não conseguirmos fechar bons contratos, vocês acham que farão o quê? Vão lá pra baixo lavar carro!". É isso aí, bichão, motivação na veia... pra sair fora!

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