domingo, março 23, 2003

Indignado agora ataca de Camões

Eu, que confesso nunca ter estudado português até entrar na faculdade de jornalismo, agora estou me sentindo "o que sabe português". Sim, realmente eu comprei algumas gramáticas e estudei bastante. Mas, conforme vocês podem comprovar, ainda cometo diversos erros. Mas nada comparado ao que presenciei, sexta-feira, na faculdade.

O motivo para meu "salto alto" é a mudança de curso. Larguei jornalismo e fui fazer informática. Pois é, nada a ver, mas fazer o quê? Enfim, esse povo de informática parece não deter muito conhecimento da língua pátria (gritado à lá nosso deputado Enéas). Certo professor escreveu no quadro: "Matéria da prova: Sessões 1 e 2". Ora, meus caros...logo imaginei que poderia ser um lapso do digníssimo professor, mas não era. A apostila está dividida realmente em sessões.

Só esse episódio já valeu os anos de estudo na outra faculdade.

* * *


Isso me fez lembrar de um amigo meu. O sujeito se formou em direito, na PUC-RJ, e escreve tão bem quanto uma criança de doze anos. É algo extremamente chocante. Não consigo admitir que na faculdade de direito não tenha aula de português. Ele jura que não teve mesmo. Ah, vale ressaltar que ele tem a carteira da OAB.

Sinceramente, acho que deveria ser obrigatório o ensino de português em todas as faculdades. Falo por experiência própria. Na outra 'carreira' que eu sigo, não é aparentemente necessário escrever português (assim como em informática), então eu nunca dei muita bola pra isso. Até o dia em que entrei na faculdade de jornalismo e percebi que eu teria que estudar muito para atingir um nível ridiculamente básico, ou eu não conseguiria nada ali. Se, por um acaso, eu nunca tivesse ido estudar jornalismo, confesso que eu não teria percebido (em tempo de estudar e melhorar um pouco) como eu era semi-analfabeto.

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