sexta-feira, janeiro 24, 2003

Amizade somente. Será?

Cada dia que passa sou mais acusado de velho retrógrado por todos aqueles que me cercam, pelo fato de defender acima de qualquer coisa a ética e moral das pessoas, principalmente nos relacionamentos. Eis que eu pensava estar sozinho neste mundo, talvez só conhecendo um amigo que pense de forma semelhante, quando apareceu o artigo "Apenas bons amigos" na Revista da Folha. Nossa, finalmente eu vejo que nem tudo está perdido. Quem tiver acesso ao conteúdo do UOL, pode ler o artigo na íntegra clicando aqui, caso contrário, seguem alguns trechos que merecem destaque:

[...]uma das mais conhecidas terapeutas de casais do país [EUA], a psicóloga Shirley Glass. PhD em psicologia familiar e pesquisadora do assunto há 25 anos, Glass acaba de lançar um livro apontando o surgimento de uma nova ameaça aos casamentos: a infidelidade emocional.

[...]1. Não é preciso fazer sexo com outra pessoa para ser infiel. "A definição comum de traição geralmente envolve manter relações sexuais. Não concordo. Infidelidade é qualquer envolvimento sexual, emocional ou romântico que quebre as expectativas em uma relação amorosa", afirma Glass. Uma amizade forte ou um amor platônico, portanto, podem ser devastadores para um casamento.

[...]"Num casamento saudável, um parceiro deve abrir 'janelas' para o outro e, ao mesmo tempo, construir 'paredes' externas para se proteger de pessoas com quem pode ter relacionamentos extraconjugais. Quando um dos dois tem um 'caso emocional', há um deslocamento: ele abre janelas para uma pessoa de fora e coloca a parede no casamento"

[...]
3. Evite criar intimidade afetiva com pessoas que considera interessantes. E resista à vontade de ajudar demais um(a) amigo(a) que está infeliz na relação e que vive desabafando com você. Isso pode acabar mal

4. Faça com que suas relações pessoais e sociais sejam benéficas ao relacionamento. Prefira amigos que estão felizes no casamento e que não gostam de aventuras

[...]
5. Discuta problemas pessoais em casa. Se precisar conversar com alguém de fora, tenha certeza de que essa pessoa é favorável a casamentos. Se for contra, conte-lhe todos os lados positivos da sua relação

[...]
7. Não ultrapasse limites quando estiver conversando pela internet. Fale sobre suas amizades virtuais com o parceiro e mostre os e-mails se ele estiver interessado ou com ciúmes. Convide-o para partilhar suas amizades on-line, assim seu amigo virtual também não criará expectativas erradas sobre você. [...]


* * *


Ah! Ah! Ah! Ora, ora, ora! Há muito tempo que eu venho pensando em escrever essas coisas todas, mas, sinceramente, andava meio sem paciência. Assim acabou sendo mais fácil e saiu mais bem escrito.
Não recomendo comprar o livro dessa senhora, até porque eu sou completamente contra esses livros de "auto-ajuda", guias de felicidade e coisas do gênero. Ainda mais esses valores aí: ou a pessoa tem, ou não tem. Não será lendo um livro que vai melhorar alguma coisa, infelizmente.

Qual o motivo então deste post? Ora, mostrar aos senhores que eu não sou o único "velho retrógrado" no mundo. Isso me fez muito bem, me fez avistar uma luz no fim do túnel. Há esperança na humanidade, tem gente com moral no mundo! Aleluia!

* * *


Que venham os(as) "liberais"!

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