Trabalho com prazer é sempre mais bem feito

Antes de ir ao cinema, aproveitei e passei na Saraiva do NYCC (New York City Center) para procurar alguns livros da faculdade. A Saraiva –pelo menos esta filial- precisa reavaliar o seu quadro de funcionários, pois aqueles que lá estão podem ser demitidos. Refiro-me aos funcionários que estão lá para auxiliar os clientes a achar as mercadorias e tirar dúvidas.

Fui até um desses atendentes e perguntei: “Tem o livro tal?”. O rapaz pediu “um minutinho” e foi consultar no terminal de consulta. Meu Deus! Se eu estou indo perguntar a ele, é porque eu já tentei os métodos convencionais de procura. Afinal, faço de tudo para que não seja necessário perguntar nada àquelas peças. Mas lá foi o rapaz no computador, achou o livro e foi até a seção indicada pelo terminal. Lá chegando, ficou procurando tal como qualquer outro cliente –e como eu já fizera antes de falar com ele. Não achou e falou: “É, não tem.”. Sinceramente, qual a função deste cara? Ajudar os preguiçosos? Aquelas figuras que antes de tentar achar já saem perguntando?

Quando você pega um atendente destes pela proa (e na Saraiva eles sempre são despreparados), a impressão que dá é que colocaram o cara na seção de informática sem que ele saiba o que é computador. Outro dia, perguntei ao funcionário da seção de informática se determinado produto tinha determinado recurso. O cara foi olhar na caixa do produto a fim de ler as ‘features’. Ora, meu caro, isto eu sei fazer. O trabalho dos caras é este, deveriam se dedicar um pouco mais, estudar a respeito do que estão vendendo. Mas não é assim que funciona. Claramente não gostam do que fazem e vêem o computador de consulta como sua principal ferramenta. O terminal de consulta é para servir como “filtro”, para que só cheguem aos atendentes aquelas dúvidas que não são facilmente sanadas por uma máquina.

Um lugar onde tem um funcionário extremamente dedicado e que claramente gosta do que faz, é na livraria Argumento da Visconde de Pirajá. O cidadão é um ex-funcionário da Modern Sound, é um negão apelidado de “Pelé”. O cara sabe tudo de música clássica (área onde ele trabalha). Ele realmente é um excelente profissional.

Aliás, qualquer um que trabalhe com prazer, será mais competente. Isso vale para qualquer profissão. Outro dia, tivemos um problema aqui em casa e tivemos que chamar assistência médica durante a madrugada. Já estava próximo ao horário de troca de plantão e o médico estava sem o menor saco de trabalhar. Ficou olhando pela janela o tempo todo e comentando com um dos enfermeiros sobre a vista... Uma injeção teria que ser aplicada na veia, mas o paramédico não estava conseguindo ‘pegar a veia’... aí, o médico, já sem o menor saco, virou-se e falou: “ah, dá logo no músculo -dói pra caramba- e vamos embora.” (assim mesmo! Muita cara-de-pau). O paramédico não falou nada, só olhou com canto de olho para o “Doutor” e continuou a tentar pegar a veia, uns 2 minutos depois ele conseguiu. Era o único da equipe que estava de bom humor e claramente para ele não era sacrifício algum tentar -nem que fosse por mais 5 minutos- fazer o melhor possível.

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Ainda em relação a ontem, uma rápida observação: Escada rolante ‘dupla’ não serve para casais ficarem romanticamente abraçadinhos, amiguinhas desfilarem de mãos juntas, ou para você poder ficar de pé com as pernas arreganhadas! Escada rolante dupla serve para quem está com pressa passar pelo lado esquerdo.